Cristo fundou uma Igreja, e ela é visível. Para que possamos reconhecê-la em meio a tantos grupos que, ou se apresentam como a verdadeira Igreja, embora não o sejam, ou se apresentam como uma das facetas de uma Igreja que seria apenas espiritual e invisível, os primeiros escritores cristãos ensinaram, com base no que receberam dos Apóstolos, que a Igreja de Cristo teria características fundamentais, ou seja, marcas distintivas, também chamadas de notas. Só ela as teria, ou as teria em plenitude.

As notas dessa Igreja são a unidade, a santidade, a catolicidade e a apostolicidade. A Igreja de Cristo é una, santa, católica e apostólica. Encontrando o agrupamento religioso que afirma ser fundado por Jesus e que tenha essas notas, temos, então, a Igreja verdadeira.

Ela é una em seu governo e em sua doutrina. É santa porque seu Fundador é santo, porque sua doutrina é santa, seus sacramentos, meios da graça, são santos, porque ela nos confere essa graça que nos santifica, e porque muitos de seus membros realmente correspondem de tal modo, com sua liberdade, à graça, que se tornam santos, ou seja, unidos de um modo especial a Deus, participando, de alguma maneira, de sua natureza. É católica, ou seja, universal, porque está destinada a todas as pessoas de todos os tempos, raças, nações e condições. É, enfim, apostólica porque é governada por sucessores dos Apóstolos e porque conserva a doutrina oralmente transmitida pelos Apóstolos, parte da qual está resumida nas Sagradas Escrituras.